O presidente Israelense, Isaac Herzog, encontra-se com a jornalista australiana Erin Molan, em 23 de dezembro de 2024 (Foto: Amos Ben-Gershom/GPO)
Embora grande parte da grande mídia global seja hostil ao Estado de Israel, a jornalista Australiana, Erin Molan, adotou uma forte postura pró-Israel desde o massacre sem precedentes do Hamas, em 7 de outubro do ano passado, de 1.200 israelenses e o sequestro de 251 pessoas de comunidades do sul de Israel.
Molan, que recentemente visitou Israel pela primeira vez, explicou que sua defesa de Israel é motivada por um forte senso de verdade e justiça.
“Não tenho associação ou afiliação, não tenho preconceito, não tenho agenda, não sou Judia, não sou de Israel. Qualquer coisa que você possa imaginar para me atacar não funcionará. Sou uma Australiana que nunca esteve aqui antes. Agora tenho muitos amigos Judeus, mas antes de 7 de outubro, eu tinha uma mãe amiga da escola, e realmente não conhecia ninguém da comunidade Judaica tão bem. O que eu faço é falar a verdade e defender o que é certo. Fico impressionada com o fato de o resto do mundo não ver isso tão claramente quanto eu, e isso também me assusta”, disse Molan à agência de notícias israelense Ynet.
Ela disse que foi parcialmente influenciada por seu falecido pai, o Maj.-Gen. Andrew James Molan, um proeminente líder militar da Austrália que apoiava o estado Judaico e admirava os militares israelenses.
“Não acredito realmente em espiritualidade, sinais ou algo do gênero, mas meu pai era um incrível aliado de Israel”, explicou Molan.
“Ele veio a Israel muitas vezes e, depois que meus editoriais começaram a se tornar virais, minha mãe me enviou esta captura de tela. Papai tinha ido a Israel em 2014 para investigar a guerra [Operation Protective Edge] e a manchete de sua investigação com um grupo de generais estrangeiros aposentados era: 'Eles nos envergonham pela forma como conduzem a guerra”, acrescentou ela.
Molan rejeita a narrativa da mídia que acusa Israel de “crimes de guerra” e “genocídio” contra os Palestinos em Gaza.
“Há muitos especialistas no mundo, que também não têm agenda, que dizem que, quando se trata de minimizar as baixas civis, Israel faz isso quase melhor do que qualquer outra pessoa no mundo”, disse ela.
Molan diz que está triste com os danos infligidos ao Estado Judaico e com a crítica internacional generalizada ao direito de Israel de existir e de se defender contra agressões.
“Sinto muita pena de um país que sofreu algumas das coisas mais terríveis do mundo. A depravação, a maldade, o horror disso, e vejo a reação de um mundo que deveria estar dizendo: “O que podemos fazer para ajudá-lo? Em vez disso, o mundo disse: “Como podemos fazer com que isso seja culpa sua? Como podemos condená-lo? E isso é loucura”, argumentou ela.
Durante sua visita, o presidente israelense Isaac Herzog agradeceu pessoalmente a Molan por sua clareza moral.
“Nós a acompanhamos durante esta guerra como alguém com clareza moral. Estamos sob esse enorme ataque - um ataque sem fim - de pessoas que não entendem, que não entendem o quadro. Somos nós que estamos lutando pelo mundo livre. Somos nós que estamos impedindo esse império do mal. Estamos nessa fronteira de choque de civilização, de valores, e a culpa é nossa? E aí vem alguém que tem uma opinião e clareza moral e somos muito gratos”, declarou Herzog.
Molan admitiu que frequentemente recebe mensagens de pessoas que apóiam Israel, mas têm medo de expressar suas opiniões em público devido ao alto nível de ameaça.
“As pessoas da mídia frequentemente me enviam mensagens dizendo: 'Eu gostaria de poder dizer isso também'. Elas estão com medo”, disse Molan.
A Austrália registrou um aumento de 400% no antissemitismo desde o ataque do Hamas em 7 de outubro de 2023.
