O Primeiro-Ministro israelense Benjamin Netanyahu fala com a imprensa antes de partir para os EUA. (Foto: Avi Ohayon/GPO)
O Primeiro-Ministro Israelense, Benjamin Netanyahu, partiu para os Estados Unidos na manhã de hoje, domingo, para se reunir com o Presidente Donald Trump na Casa Branca.
Espera-se que os dois líderes discutam as próximas fases do acordo de cessar-fogo em Gaza, a situação no Líbano, bem como a ameaça Iraniana, incluindo a possibilidade de um ataque militar contra as instalações nucleares do Irã.
O Primeiro-Ministro Netanyahu, juntamente com a delegação que o acompanha a Washington, embarcou no avião da Wings of Zion no início desta manhã. Antes de embarcar, Netanyahu disse que a reunião com Trump tem o potencial de redesenhar “a face do Oriente Médio”.
“As decisões que tomamos na guerra já mudaram a face do Oriente Médio”, afirmou Netanyahu. “Nossas decisões e a coragem de nossos soldados redesenharam o mapa. Mas acredito que, trabalhando em estreita colaboração com o Presidente Trump, podemos redesenhá-lo ainda mais e para melhor."
Netanyahu sugeriu a expansão dos Acordos de Abraão, uma possível referência aos esforços do presidente Trump para conseguir a normalização entre a Arábia Saudita e Israel.
“Acredito que podemos fortalecer a segurança, ampliar o círculo da paz e alcançar uma era notável de paz por meio da força.”
Acompanhando Netanyahu na viagem estão o Ministro de Assuntos Estratégicos Ron Dermer, o Conselheiro Diplomático Ophir Falk, o Chefe do Estado-Maior Tzachi Braverman, o Secretário Militar Major General Roman Gofman, o homem de confiança do governo para reféns Gal Hirsch e outros assessores importantes.
O Primeiro-Ministro passou recentemente por uma cirurgia de remoção da próstata e teve um marca-passo implantado em 2023. Portanto, ao lado de sua comitiva política, uma equipe médica dedicada está supostamente acompanhando Netanyahu, incluindo o Dr. Eyal Heller, cardiologista sênior do Sheba Medical Center, e o Professor Mordechai Duvdevani, urologista líder do Hadassah Hospital.
Apesar do otimismo expresso por Netanyahu, há preocupações em Israel com relação à segunda e à terceira fases do acordo de cessar-fogo.
De acordo com os termos do acordo, Israel e o Hamas devem iniciar as discussões sobre a segunda fase do acordo nesta semana. Uma reportagem do Channel 12 de Israel diz que há esperança entre alguns líderes Israelenses de que, em vez de avançar para a segunda fase, a primeira fase possa ser estendida por mais algumas semanas.
O raciocínio é que a segunda fase apresenta um obstáculo - demandas conflitantes de Israel e do Hamas. O Hamas está exigindo garantias de que as FDI se retirarão completamente, permitindo que ele (Hamas) permaneça em Gaza, enquanto Israel insiste no desmantelamento do Hamas.
Se o Hamas estiver disposto a estender a fase atual por mais algum tempo, os reféns civis restantes poderão ser libertados antes que Israel tenha que decidir se fará concessões em qualquer uma de suas posições.
A opinião atual em Israel é que o Hamas não estará disposto a libertar nenhum dos soldados da IDF até que Israel aceite suas exigências de permanecer em Gaza. É improvável que os parceiros de coalizão de Netanyahu, incluindo membros de seu próprio partido Likud, concordem com essa exigência, o que poderia levar ao colapso do acordo de cessar-fogo.
Relatos na mídia Hebraica afirmaram que Netanyahu cancelou uma reunião planejada com o chefe do Mossad, David Barnea, o chefe do Shin Bet, Ronen Bar, o homem que apontava os reféns, Nitzan Alon, e outros negociadores seniores na noite de sábado. O Primeiro-Ministro decidiu esperar até que ele se reúna com o Presidente Trump e seu enviado especial para o Oriente Médio, Steve Witkoff, para formular a posição Israelense para a próxima rodada de negociações.
Netanyahu e Witkoff devem se reunir na segunda-feira para discutir as diferenças entre as posições de Israel e do Hamas.
