A ex-refém Liri Albag fala durante uma manifestação pedindo a libertação dos Israelenses mantidos como reféns pelos terroristas do Hamas em Gaza, na "Hostage Square" em Tel Aviv, em 5 de abril de 2025. (Foto: Avshalom Sassoni/Flash90)
Liri Albag, refém Israelense libertada, condenou aqueles que a atacaram por criticar as políticas do Primeiro-Ministro Benjamin Netanyahu após o dia 7 de outubro em Gaza, na guerra contínua contra a organização terrorista Hamas.
“Estou lendo as ameaças e xingamentos que recebi e estou com medo. Não tenho medo das respostas em si... tenho medo do que nos tornamos”, disse Albag na quarta-feira em um post no Instagram. Ela estava respondendo a comentários odiosos feitos por indivíduos pró-governo.
Albag abordou especificamente alguns dos comentários mais extremos de pessoas que desejavam que ela tivesse permanecido no cativeiro do Hamas em Gaza.
“Desejar que alguém fique em cativeiro??? Eu não desejaria isso aos meus inimigos. Tirar sarro do meu peso? Isso me faz lembrar dos terroristas [captores] que gritavam comigo e faziam questão de me lembrar diariamente que eu era gorda. Prometer morte e vingança???? Deseje isso ao Hamas e aos nossos inimigos, não a mim”, declarou Albag em sua resposta aos críticos.
“E por que tudo isso? Porque eu disse que o primeiro-ministro é responsável pelo fracasso [de 7 de outubro] .... E sim, toda a liderança de segurança é culpada, não se preocupe. Eu lhes disse isso em minhas reuniões com eles!!! E, é claro, o principal culpado pelo pesadelo do país é o Hamas. Não me esqueço desse grupo terrorista nem por um momento e, pessoalmente, quero me vingar dele. O Hamas é o inimigo!!!!!!”, continuou ela.
A ex-refém expressou preocupação com as crescentes divisões na sociedade Israelense.
“Você sabe o que é mais difícil? Que essa divisão [social] é pior do que nossos inimigos. Não podemos vencer assim!!!”, argumentou ela. "Como nação Judaica que tem sido atacada vez após vez, desde o Egito [na Bíblia] até hoje, vamos lutar contra nossos inimigos e não uns contra os outros. Vocês nunca entenderão o que passamos lá e eu não quero que vocês entendam!”
Na noite de quarta-feira, o gabinete do Primeiro-Ministro Benjamin Netanyahu anunciou que o Primeiro-Ministro havia conversado com a família Albag e expressado “solidariedade a Liri à luz dos ataques que ela sofreu nas mídias sociais nos últimos dias”. Netanyahu também supostamente “expressou admiração por sua resiliência e bravura enquanto esteve no cativeiro do Hamas” durante uma ligação telefônica com a ex-refém.
O Gabinete do Primeiro Primeiro-Ministro (PMO) argumentou ainda que Albag agradeceu a Netanyahu pela “conversa emocionante, por sua decisão corajosa de garantir sua libertação e a de outros reféns, e pediu que ele continuasse os esforços para trazer todos para casa”.
Albag e várias de suas companheiras de equipe da IDF foram sequestradas em 7 de outubro de 2023, da base de observação da IDF Nahal Oz, localizada perto da fronteira de Gaza.
Em janeiro de 2025, Albag, Karina Ariev, Danielle Gilboa e Naama Levy foram libertadas após 477 dias em cativeiro como parte de um acordo de reféns com o Hamas, mediado internacionalmente. Em troca, Israel libertou um grande número de terroristas condenados mantidos em prisões de Israel.
A família de Albag elogiou sua libertação e sua coragem durante o longo período de cativeiro.
“Finalmente, pudemos ver Liri, abraçá-la e saber que ela está conosco, em seu lugar seguro, cercada pelo amor de sua família. Liri demonstrou uma força incrível e sobreviveu ao inferno, e estamos muito orgulhosos de sua firmeza em condições impossíveis.”
Albag perdeu 10 quilos durante o difícil cativeiro em Gaza. Como muitos outros reféns Israelenses libertados, Albag relembrou as péssimas condições de vida e os maus-tratos sistemáticos dos terroristas do Hamas contra os reféns Israelenses.
Durante uma entrevista em janeiro de 2025, a ex-refém Amit Soussana deu crédito a Albag por ter salvado sua vida durante o cativeiro.
“Liri é algo especial”, disse Soussana. “Ela é uma força da natureza. Eu lhe disse quando ela voltou: 'Não sei se eles teriam me matado ou não, mas, no que me diz respeito, você salvou minha vida'.”
